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Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa

A 3 de Maio de 2013, a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e o Museu Nacional de História Natural e da Ciência estabeleceram um protocolo de cooperação científica e museológica de longa duração tendo em vista: A conservação, o estudo, a valorização e a acessibilidade das coleções histórico-científicas da Faculdade; O depósito de parte destas coleções no Museu; A colaboração na formação museológica e na divulgação do património, nomeadamente em programas expositivos e de investigação.

A coleção depositada no Museu


A coleção já depositada – cerca de 3.000 peças - corresponde no essencial ao Núcleo Museológico da Faculdade de Medicina.

Este foi iniciado com a doação à Escola Médica do Museu da Sociedade de Ciências Médicas, a que foram acrescentados objetos da Real Escola de Cirurgia e do Hospital de São José.

Em 1942, o Professor Sebastião Cabral da Costa Sacadura (1872-1966) doou à Faculdade o Museu de Ginecologia e Obstetrícia que tinha criado na Maternidade Magalhães Coutinho. Em 1948, o Conselho da Faculdade de Medicina encarregou-o de inventariar e catalogar os objetos históricos da Faculdade, tendo em vista a criação de um Museu no novo hospital escolar.

Esta coleção foi fotografada em exposição em 1962 por Artur Goulart, no novo Hospital de Santa Maria.

Em 2003, o diretor da Faculdade decidiu reorganizar este Núcleo Museológico, que passou a ser denominado de Museu de Medicina em Fevereiro de 2005.

O museu passou então a ser dirigido por Manuel Valente Alves, médico e artista que iniciou a organização de uma série de bem sucedidas exposições temporárias, desenvolvendo a temática do diálogo entre a Arte e a Ciência.

A primeira desta série foi a exposição “Passagens: 100 peças para o Museu de Medicina”, realizada em 2005 no Museu Nacional de Arte Antiga, que deu a conhecer ao grande público uma parte da coleção.

Para além deste relevante programa expositivo e dos planos para o novo Museu, pouco se avançou na conservação das coleções da Faculdade, em relação ao que já tinha sido realizado no início da década de 1960, com um número de objetos atualmente inventariados permaneceu inferior às duas dezenas.

A 23 de Junho de 2015 foi inaugurada no MUHNAC a mostra “Cuidar e Curar”, visando tornar público o que entretanto fora feito e apresentar uma parte da coleção já depositada.

As outras coleções


Além do que foi depositada no MUHNAC, a Faculdade conta com outras coleções científicas importantes. Muitos objetos encontram-se dispersos pelos vários institutos e serviços, mas dois acervos têm uma identidade própria e encontram-se dispostos na forma de exposição, com acesso restrito.

O de Anatomia é o mais antigo, contando com um catálogo de 1862, da autoria do demonstrador da cadeira J. G. Teixeira Marques, intitulado “Catalogo das Peças do Museu de Anatomia da Eschola Medico-Cirurgica de Lisboa”. Esta coleção, que se encontra ainda muito ligada ao ensino médico, tem o seu lugar no novo hospital escolar, desde a sua construção. O espaço onde se encontra foi recentemente alvo de uma apreciável recuperação.

Acervo do Museu Egas Moniz foi constituído em 1957, na tutela do Centro de Estudos Egas Moniz da Faculdade de Medicina, no Hospital Escolar de Santa Maria. Inclui cerca de 400 objetos do Nobel da Medicina e Fisiologia, numa narrativa dirigida à construção da memória do seu percurso e da investigação científica desenvolvida.