Passar para o conteúdo principal
Lírio Gigante

Objeto do mês

Ligado

Este mês, o objeto é vivo, trata-se da espécie australiana, da família Doryanthaceae R.Dahlgren & Clifford, endémica das áreas costeiras de Nova Gales do Sul, nas proximidades de Sydney em ravinas e florestas secas com depósitos arenosos. Apresenta folhas inseridas em roseta e com a forma de uma espada que pode atingir 2,5 m de comprimento. As flores crescem na terminação de uma haste que pode atingir os 6 m, nesta haste as folhas são mais curtas, normalmente até 30 cm de comprimento. Estas flores são exuberantes, apresentando um vermelho vivo. A floração ocorre na primavera nos habitats naturais, no Jardim Botânico de Lisboa em novembro-dezembro. O fruto são cápsulas que quando maduras libertam as sementes com 15-25 mm de comprimento. São de fácil germinação existindo atualmente nos viveiros do Museu Nacional de História Natural e da Ciência.

A espécie foi descrita pela primeira vez em 1802 pelo cientista português Abade José Correia da Serra (Serpa, 1750 - Caldas da Rainha, 1823) a partir de um espécime herborizado por George Bass (1771-1803), um cirurgião naval britânico e explorador da Austrália.

O abade Correia da Serra foi dos primeiros impulsionadores da ciência em Portugal, e um dos fundadores da Academia das Ciências de Lisboa. Tinha um grande prestígio intelectual, conviveu com grandes cientistas do seu tempo, com publicações em revistas científicas conceituadas e membro de várias sociedades científicas.


Descrição original da espécie realizada pelo Abade Correia da Serra em 1802, Pág. 211.

Localização no jardim

Doryanthes excelsa Corrêa
Nomes vulgares no local de origem: Giant Lily, Flame Lily, Spear Lily, Gymea Lily (Lírio Gigante, Lírio Flamejante, Lírio Lança, Lírio Gymea)
Doryanthes – uma combinação de duas palavras gregas, dory (δόρυ), que significa “lança”, e anthos que significa “flor” –flores na ponta de uma haste em forma de lança.
excelsa – derivado do latim, excelsus, que significa “alto” ou “elevado”


GIANT LILY - Doryanthes excelsa Corrêa

The object of this month belongs to the living collection in the Lisbon Botanic Garden (LBG): an Australian species, from the Doryanthaceae family R.Dahlgren & Clifford, endemic to the coastal areas of New South Wales, close to Sydney,  occupying ravines and dry forests with sandy deposits. The leaves are clustered in a rosette and shaped like a sword that can reach 2.5 m in length. The flowers grow at the end of a long stem up to 6 m. Along the stem the leaves are shorter, normally up to 30 cm long. These flowers are exuberant, bright red. Flowering occurs in spring in natural habitats, the specimen in LBG flowers in November-December. The fruit is a capsule that releases seeds 15-25 mm long, when ripe. Plants are easy to germinate and are currently propagated in the nurseries of the National Museum of Natural History and Science.

The species was first described in 1802 by the Portuguese scientist Abade José Correia da Serra (Serpa, 1750 - Caldas da Rainha, 1823) from an herbarium specimen by George Bass (1771-1803), a British naval surgeon and explorer in Australia.

Abade Correia da Serra was one of the first promoters of science in Portugal, and one of the founders of the Lisbon Academy of Sciences. He had high intellectual prestige, interacted with great scientists of his time, published in renowned scientific journals and was a member of several scientific societies.

 

PROGRAMA ALARGADO


16 novembro

15h00 - Visita orientada ao Jardim Botânico de Lisboa
Venha descobrir a espécie do Objeto do mês, numa visita orientada pelo curador do jardim, César Garcia.
 

Inscrições
geral@museus.ulisboa.pt | 213 921 808