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Megalosaurus foi descrito há dois séculos, correspondendo ao primeiro género de dinossáurios nomeado na literatura científica. Este táxon ocupou uma posição central nos primeiros estudos de dinossáurios e ao longo do tempo diversos exemplares de diferentes idades e provenientes de diferentes locais um pouco por todo o mundo foram atribuídos a Megalosaurus. Também em Portugal, os primeiros trabalhos paleontológicos sobre vertebrados mesozoicos atribuíam a Megalosaurus diversos fósseis recolhidos em diferentes regiões do Jurássico Superior e Cretácico.
A revisão de um conjunto de restos osteológicos recolhidos durante o final do século XIX e início do século XX, na sequência dos primeiros trabalhos sobre paleontologia de vertebrados mesozoicos em Portugal, permitiu reinterpretar o material inicialmente atribuído a Megalosaurus como pertencendo a diferentes grupos de vertebrados. Estas coleções incluem restos de crocodyliformes e diversos grupos de dinossáurios, representados por estegossáurios, ornitópodes, saurópodes e terópodes. Restos de dinossáurios terópodes correspondem a cerca de 50% do material estudado e estão representados sobretudo por dentes isolados e vértebras atribuídas a diferentes taxa. Estas coleções têm uma relevância histórica, mas também um interesse científico, uma vez que algumas das localidades, particularmente na região de Ourém e Batalha, onde os fósseis foram recolhidos não estão atualmente acessíveis. Este estudo acrescenta novos dados sobre a composição das faunas de vertebrados continentais da Bacia Lusitaniana, particularmente em regiões onde o registo fóssil é mais escasso, como é o caso das áreas a norte do Maciço Calcário Estremenho.
Com:
Elisabete Malafaia | IDL, FC-ULisboa
Liliana Póvoas | MUHNAC-ULisboa
Pedro Mocho | IDL, FC-ULisboa
Moderação:
Judite Alves | coordenadora do Núcleo de Coleções e Património do MUHNAC-ULisboa
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