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Data

22 Maio 2024 — 17h00 - 18h00

Local

Canal YouTube MUHNAC

Megalosaurus foi descrito há dois séculos, correspondendo ao primeiro género de dinossáurios nomeado na literatura científica. Este táxon ocupou uma posição central nos primeiros estudos de dinossáurios e ao longo do tempo diversos exemplares de diferentes idades e provenientes de diferentes locais um pouco por todo o mundo foram atribuídos a Megalosaurus. Também em Portugal, os primeiros trabalhos paleontológicos sobre vertebrados mesozoicos atribuíam a Megalosaurus diversos fósseis recolhidos em diferentes regiões do Jurássico Superior e Cretácico.

A revisão de um conjunto de restos osteológicos recolhidos durante o final do século XIX e início do século XX, na sequência dos primeiros trabalhos sobre paleontologia de vertebrados mesozoicos em Portugal, permitiu reinterpretar o material inicialmente atribuído a Megalosaurus como pertencendo a diferentes grupos de vertebrados. Estas coleções incluem restos de crocodyliformes e diversos grupos de dinossáurios, representados por estegossáurios, ornitópodes, saurópodes e terópodes. Restos de dinossáurios terópodes correspondem a cerca de 50% do material estudado e estão representados sobretudo por dentes isolados e vértebras atribuídas a diferentes taxa. Estas coleções têm uma relevância histórica, mas também um interesse científico, uma vez que algumas das localidades, particularmente na região de Ourém e Batalha, onde os fósseis foram recolhidos não estão atualmente acessíveis. Este estudo acrescenta novos dados sobre a composição das faunas de vertebrados continentais da Bacia Lusitaniana, particularmente em regiões onde o registo fóssil é mais escasso, como é o caso das áreas a norte do Maciço Calcário Estremenho. 


Com: 
Elisabete Malafaia | IDL, FC-ULisboa 
Liliana Póvoas | MUHNAC-ULisboa 
Pedro Mocho | IDL, FC-ULisboa

Moderação: 
Judite Alves | coordenadora do Núcleo de Coleções e Património do MUHNAC-ULisboa
 

Assista em direto no canal do YouTube do MUHNAC